Por causa da baixa umidade, a Defesa Civil decreta estado de atenção em São Paulo

18/06/2010 - 19h06

Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - Por causa da baixa umidade do ar, a Defesa Civil decretou hoje (18) estado de atenção na cidade de São Paulo. De acordo com o órgão, a umidade relativa do ar ficou perto dos 30% nas horas mais quentes do dia. A recomendação da Defesa Civil é de que os paulistanos evitem a prática de exercícios e a exposição ao sol entre as 11h e as 15h e bebam bastante líquido. A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) informou que a qualidade do ar no estado de São Paulo nas últimas 24 horas foi regular e que esta situação deve se repetir no sábado (19). Se a umidade continuar baixa, a Cetesb pode fazer o alerta de estado de inadequação.

O gerente do Departamento de Qualidade Ambiental da Cetesb, Carlos Komatsu, explicou que a qualidade do ar costuma piorar nesta época de temperatura e umidade  mais baixas. “Normalmente esse é um período mais seco, com muito menos chuva e o que acontece é que os poluentes vão se acumulando na atmosfera, alguns deles chegando a um nível que pode causar algum incômodo e afetar a saúde da poluição”.

Os principais poluentes, segundo ele, são monóxido de carbono, ozônio, dióxido de enxofre e o dióxido de nitrogênio. “Nesta época do ano, a concentração de monóxido de carbono e material particulado [partículas inaláveis] aumenta por causa da piora da dispersão”, explicou Komatsu.

No entanto, o gerente disse que o poluente que tem mais chamado a atenção da Cetesb é o ozônio, que tem se espalhado por várias regiões do estado. “Apesar de não se formar nessa época do ano, é o poluente que mais preocupa porque temos registrado que o ozônio tem o maior número de ultrapassagens do padrão de qualidade do ar”.

Para controlar essa poluição, segundo Komatsu, é necessário atacar as fontes. “Se há uma ação em cima das indústrias, estabelecendo metas de redução, pode-se reduzir a emissão de poluentes”, afirmou. Outra forma para reduzir a poluição seria submeter os veículos à inspeção veicular e também evitar o uso de automóveis. “O interessante para se reduzir a emissão definitivamente é que não tenha, ou tenha menos, veículos em circulação. Para isso acontecer, deve-se investir em transporte público de qualidade para que as pessoas deixem seus veículos nas garagens”.

Edição: Vinicius Doria