Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – A aprovação da capitalização da Petrobras pelo Senado foi uma medida acertada, avaliou hoje (10) o vice-presidente executivo do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec), Ênio Carvalho Rodrigues.
A capitalização será feita em parte pelo Tesouro Nacional e por meio de oferta pública de ações, lembrou Rodrigues.
“Embora a parte de capitalização feita pelo Tesouro não tenha uma influência direta sobre o público, eu diria que é positiva, na medida em que permite a Petrobras a realização dos investimentos que ela precisa fazer. Isso vai se traduzir, futuramente, em resultados maiores e em uma posição melhor para a empresa”.
Ele acredita também que a oferta pública de ações da estatal vai ser um sucesso, uma vez que se trata de uma empresa prestigiada, com grande capacidade de investimento e de produção, e dotada de tecnologia capaz de cumprir os planos de perfuração na camada pré-sal.
“Eu acho que isso é uma condição sine qua non para a empresa poder tocar o seu plano de expansão e de investimentos. Então, eu acho que vai ser bom, de todas as formas, não no curto prazo, porque a empresa não colhe resultados no curto prazo”. No longo prazo, porém, Rodrigues aposta que a estatal vai se beneficiar, revertendo esses benefícios também aos seus acionistas.
O presidente da Associação dos Analistas Profissionais de Investimentos do Mercado de Capitais da seção de Minas Gerais (Apimec-MG), José Domingos Viera Furtado, elogiou a medida.
"Ela (a capitalização) é positiva. A Petrobras precisa se capitalizar. Como também precisa abrir espaço para a captação de recursos. A gente acha muito importante isso", disse Furtado.
Edição: Rivadavia Severo