Gilberto Costa
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Até o final do ano, a Secretaria de Direitos Humanos (SDH), ligada à Presidência da República, deverá instalar seis monumentos em diferentes cidades em homenagem a pessoas que resistiram e enfrentaram a ditadura militar (1964-1985).
Desde 2007, foram entregues 18 monumentos em 11 cidades e hoje o 19º monumento foi inaugurado, em São Luís (MA), pelo ministro Paulo Vannuchi em homenagem a Ruy Frazão Soares, ex-estudante de engenharia, uma das primeiras pessoas a denunciar na Assembleia das Nações Unidas (julho de 1966) casos de tortura cometidos pela repressão militar.
A criação dos monumentos em homenagem a “pessoas imprescindíveis” é uma das vertentes da política de direito à memória e à verdade da SDH, explica Maurice Politi, coordenador do programa. “Estamos fazendo tudo para não perder a memória e para mostrar à juventude o que foi a ditadura.”
O monumento dedicado a Ruy Frazão Soares é o primeiro inaugurado em um colégio público, o Liceu Maranhense, onde o homenageado estudou.
A SDH tem uma exposição itinerante de fotos do período, que já passou por 50 cidades, e editou quatro livros abordando a ditadura militar: um sobre pessoas mortas e desaparecidas; sobre crianças filhas dos perseguidos políticos; negros e mulheres que atuaram na resistência à ditadura. A secretaria prepara mais um livro sobre os camponeses que também sofreram com a repressão militar.
Edição: Lílian Beraldo