Remoção de habitantes de área de risco é a solução para evitar tragédias, dizem especialistas

07/06/2010 - 19h00

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro – A remoção das famílias que vivem em áreas de risco no estado do Rio é uma das soluções apontadas por especialistas para evitar tragédias como a ocorrida em abril por causa das fortes chuvas. No início de abril, 236 pessoas morreram em decorrência de um temporal que deixou vários municípios do estado embaixo d´água.

 

Para o ministro das Cidades, Marcio Fortes, é importante trabalhar com a prevenção para evitar novos desastres. “Nosso objetivo é corrigir o passado de descaso com as políticas públicas de investimento de transferência de moradia para áreas que não são de risco e, assim, prevenir problemas futuros. Por isso, é importante o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Minha Casa, Minha Vida”, afirmou Fortes durante o seminário Chuvas de Abril: Lições e Soluções, promovido pelo Clube de Engenharia do Rio de Janeiro.

 

Segundo o secretário de Obras do estado do Rio, Hudson Braga, o principal problema encontrado pelo governo estadual foi a falta de investimento das gestões anteriores em prevenção.

“Toda essa tragédia ocasionada pelas chuvas em abril poderia ser evitada se fosse feito investimento na prevenção e nas políticas de remoção das famílias em área de risco. Hoje está sendo feito exatamente isso, o estado é um canteiro de obras para evitar, ou ao menos diminuir, os impactos desses desastres”, afirmou.

De acordo com informações da Secretaria de Obras do Estado, mais de 7 mil famílias foram retiradas de áreas de risco. A maioria está recebendo ajuda do aluguel social no valor médio de R$ 400. Para os moradores do Morro do Bumba, em Niterói, na região metropolitana do estado, 93 unidades do programa Minha Casa, Minha Vida já foram entregues aos desabrigados. Na cidade do Rio, os moradores do Morro do Urubu, na zona norte, ganharam apartamentos no bairro de Realengo, na zona oeste.

 

 

Edição: Lílian Beraldo