Senador defende plano global e investimento de US$ 200 bi para garantir acesso de crianças à escola

27/05/2010 - 19h46

Carolina Gonçalves

Repórter da Agência Brasil

 

 

Brasília - O investimento de US$ 200 bilhões por ano poderia garantir o acesso de crianças em todo o mundo à educação e a melhor formação de professores com salários dignos. O cálculo foi apresentado pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF), durante a sessão interparlamentar que antecede o 3º Fórum Mundial da Aliança de Civilizações, no Rio de Janeiro.

 

“Parece muito US$ 200 bilhões, mas o mundo colocou US$ 2 trilhões nessa recente crise econômica. Não é um dinheiro que parece acima do possível quando sabemos que a renda mundial está de US$ 45 trilhões de dólares”, defendeu o senador que disse que a educação deve ser a prioridade agora.

 

No encontro que reuniu congressistas de vários países em torno do debate sobre o papel do Parlamento na promoção de diálogo e cooperação intercultural, o senador defendeu a inclusão educacional de qualidade como solução para a redução de intolerâncias religiosas e culturais em todo o mundo.

 

Buarque defendeu um plano global de educação como meta para os congressistas de todos os países. O senador sugeriu como solução para a construção de relações pacíficas e de respeito entre as diferentes culturas “que a direção da Aliança das Civilizações das Nações Unidas trabalhe numa rede mundial de parlamentares comprometidos com o diálogo entre as civilizações e com a educação, como instrumento para tornar esse diálogo possível”.

 

Durante o encontro dos congressistas, o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, disse que existe harmonia cultural e religiosa no Brasil desde a formação de sua população, pela própria origem dos brasileiros e imigrações que aconteceram, e destacou o papel do Congresso Nacional na criação de leis e reconhecimento de datas como o Dia de Combate à Intolerância Religiosa.

 

O secretário-geral da União Parlamentar da Conferência Islâmica, Mahmut Erol Kilic, ressaltou que nos últimos três anos os países muçulmanos vêm estabelecendo significativas leis para promover o diálogo inter-religioso. Segundo Erol Kilic, “o mundo islâmico deseja esse diálogo religioso. O Corão (livro sagrado dos muçulmanos) frisa a unidade da humanidade como uma família”.

 

 

Edição: Lílian Beraldo