Barreiras da Argentina contra alimentos brasileiros não são motivos para briga, afirma Garcia

27/05/2010 - 14h38

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - “Não há clima para represálias”, afirmou hoje (27) o assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, ministro Marco Aurélio Garcia, referindo-se a rumores de que a Argentina poderia taxar a importação de alimentos industrializados oriundos do Brasil. Ao participar do 3º Foro Brasil-União Europeia, promovido pela Fundação Euroamérica, no Rio de Janeiro, Garcia ironizou: “Briga com a Argentina só tem consistência no futebol”.

Indagado sobre as restrições à venda de produtos alimentícios brasileiros similares aos argentinos nos supermercados daquele país, Garcia afirmou que esse é um problema que se resolve. E classificou o fato como residual. “É uma medida, inclusive, marcada pela informalidade. Ela não consta de nenhum texto”. Segundo Garcia, foi uma medida que partiu de “um funcionário de segundo escalão” e que não tem dúvidas de que o impasse será solucionado pela via da negociação.

Lembrou que, esta semana, o encontro dos presidentes do Brasil e da Argentina foi “caloroso”, durante as comemorações do Bicentenário da Independência da Argentina. Ele acredita que amanhã (28) a questão será debatida pelos dois mandatários, no Rio de Janeiro, mas “sem nenhum ânimo de confrontação”.

Admitiu, por outro lado, que poderá haver um retardamento na concessão da licença de importação pelo governo brasileiro, mas insistiu que “isso não configura sequer uma guerrilha. Menos ainda uma guerra de posições”. O ministro garantiu que o tema não desestabiliza a relação bilateral. “Nós vamos resolver isso. Pode ter certeza”, afiançou.

Edição: Vinicius Doria