Síria defende acordo sobre troca de urânio do Irã

24/05/2010 - 7h32

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O presidente da Síria, Bashar al-Assad, defendeu a busca da diplomacia para encerrar o impasse envolvendo o programa nuclear do Irã. As informações são da agência iraniana oficial de notícias, a Irna. Ele afirmou que a solução para evitar o agravamento da crise deve ocorrer por intermédio da “diplomacia” e do “diálogo”. As afirmações ocorreram durante reunião entre o presidente sírio e o ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Guido Westerwelle.

“As relações bilaterais e os meios para a sua expansão global, [e o equilíbrio do] status quo da região, e os principais desenvolvimentos internacionais foram discutidos durante a reunião e foi acordado que os dois países devem tentar reforçar os alicerces da paz, a segurança e a estabilidade na região”, disse Assad.

Indiretamente, o presidente sírio condenou a pressão exercida pelos Estados Unidos sobre a comunidade internacional em favor da aprovação de sanções econômicas contra o Irã. “Esses jogos de guerra não são novidade”, disse ele. No cenário da política internacional, a Síria assume uma posição crítica em relação aos Estados Unidos.

A Síria não integra o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas. O órgão é composto por 15 membros. Destes, cinco são permanentes – Estados Unidos, Inglaterra, França, Rússia e China –, e dez são rotativos - Áustria, Bósnia Herzegovina, Brasil, Gabão, Japão, Líbano, México, Nigéria Turquia e Uganda.

O Irã deve encaminhar hoje (24) uma carta à Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) com detalhes sobre o acordo para a troca de urânio, fechado na última segunda-feira (17). Com ele, os iranianos se comprometem a enviar urânio levemente enriquecido para a Turquia. Em troca, em um prazo de um ano, receberá o material enriquecido a 20%. Também há garantias de que o programa nuclear iraniano tem fins pacíficos.

Edição: Juliana Andrade