Amorim reforça necessidade de solução pacífica para impasse com Irã

24/05/2010 - 20h02

Ivan Richard

Repórter da Agência Brasil

 

Brasília - Quanto menores forem as ameaças ao Irã, maiores serão as chances de obter uma solução pacífica para a questão nuclear iraniana, disse hoje (240 o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. O acordo que Teerã fechou com o Brasil e a Turquia, destacou o chanceler brasileiro,

mostra que é possível sentar à mesa e negociar.

 

“Quanto menos ameaças houver agora, maior e melhor é a perspectiva de haver negociação. As desconfianças vão se desfazendo. Primeiro, achavam que o Irã não queria fazer acordo nenhum e chegaram a um acordo”, disse Amorim.

 

Ao comentar a carta enviada pelo presidente norte-americano, Barack Obama, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Amorim disse que o Brasil não iria se envolver na negociação com o Irã sem o respaldo da comunidade internacional, principalmente dos Estados Unidos.

 

“Naturalmente, não íamos entrar numa coisa desse tipo, ao contrário do que alguns pensam, levianamente. Então, sempre tivemos em conta opiniões dadas e as preocupações de vários países, sobretudo dos Estados Unidos, porque foi o presidente Obama quem primeiro pediu ao presidente Lula para se interessar sobre a questão”, disse Amorim.

 

Segundo ele, o Brasil está tentando manter aberto o canal de diálogo com o Irã antes que sejam aplicadas sanções ou retaliações ao país. “Estamos fazendo força para criar esse espaço [de negociação com o Irã]. Você já viu aquela pessoa que coloca o pé na porta quando ela vai bater, se machuca, mas, mesmo assim, a mantém aberta e depois vai forçando? Somos nós”, comparou o ministro.

 

Edição: João Carlos Rodrigues