COI pede início do funcionamento da Autoridade Pública Olímpica

20/05/2010 - 18h16

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O início do funcionamento da Autoridade Pública Olímpica (APO), a preparação das instalações e as acomodações hoteleiras são as principais preocupações do Comitê Olímpico Internacional (COI) com relação à preparação para as Olimpíadas de 2016, que serão realizadas no Rio de Janeiro. As informações foram divulgadas hoje (20) em uma coletiva de imprensa, pela Comissão de Coordenação do COI, depois de uma visita à cidade do Rio.

Segundo a coordenadora da comissão, a marroquina Nawal El Moutawakel, a preparação para os Jogos do Rio começou bem, mas ainda há um longo caminho pela frente. “Ainda há muito trabalho que precisa ser feito. É por isso que precisamos estar focados na entrega daquilo que é necessário para os Jogos Olímpicos de 2016.”

Moutawakel pediu atenção especial para o início do funcionamento da Autoridade Pública Olímpica (APO), que reunirá integrantes dos governos federal, estadual e municipal, para que possa coordenar melhor a preparação das Olimpíadas. A criação da APO já foi autorizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na semana passada, mas ainda precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional e pelas câmaras legislativas locais.

Já o diretor-executivo da Comissão de Coordenação do COI, Gilbert Felli, disse que as prioridades são o monitoramento da construção e preparação das instalações esportivas e de apoio e a ampliação das acomodações hoteleiras.

Como lado positivo, a comissão destacou a união das três esferas de governo para a realização dos Jogos (União, estados e municípios) e o fato de o Rio já ter escolhido o local de competição das 26 modalidades esportivas, o que, segundo eles, é uma vantagem para a preparação do sistema de transportes e infraestrutura da cidade. A comissão também aposta no legado positivo que as Olimpíadas deixarão para a cidade.

“É fantástico saber que as 26 modalidades olímpicas originalmente previstas no programa olímpico já têm uma localização assegurada. É uma grande vantagem para o Rio já ter equipamentos de alta qualidade, disponíveis por causa dos Jogos Panamericanos de 2007”, disse Moutawakel.

Durante a coletiva, o presidente do comitê organizador local dos Jogos, Carlos Nuzman, afirmou que a zona portuária do Rio de Janeiro será a base de pelo menos de oito instalações de apoio dos Jogos: parte da vila de mídia, a vila de árbitros e os centros de mídia não credenciada, de tecnologia, de operação, de credenciamento dos trabalhadores dos Jogos, de distribuição de uniformes e de logística. Apesar disso, não haverá competições esportivas na região.

Nuzman também aproveitou a coletiva para anunciar a criação de uma comissão consultiva formada por atletas e pessoas ligadas ao esporte, que servirá para auxiliar na preparação e realização dos Jogos. “Essa comissão é a representação da sociedade civil e será composta por atletas, técnicos e outras pessoas que poderão estar intimamente ligadas ao esporte. Não adianta colocar na comissão quem não conhece o esporte”, disse.

Entre os nomes já confirmados para a comissão estão o técnico de vôlei Bernardinho, o corredor Joaquim Cruz, o tenista Gustavo Kuerten, o nadador Ricardo Prado, a jogadora de vôlei Adriana Samuel e a atleta Maureen Maggi.
 

 

Edição: Lílian Beraldo