Centro de Curitiba abriga campanha de conscientização sobre a fibromialgia

08/05/2010 - 11h57

Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil

Curitiba – Médicos e voluntários estarão durante todo o dia de hoje (8), na Boca Maldita, no centro de Curitiba, distribuindo folhetos explicativos e conversando com as pessoas sobre as principais características de uma doença ainda desconhecida, a fibromialgia.

O movimento é feito pelo Grupo de Apoio aos Pacientes com Fibromialgia de Curitiba (FibroCuritiba) com o objetivo de combater o estigma e a desinformação e mostrar que existem formas de conviver com a doença que atinge cerca de 4 milhões de brasileiros, especialmente mulheres, todas vítimas de dores insuportáveis, “queimações” e “pontadas” de difícil diagnóstico.
 
O tema da Campanha Nacional de Conscientização sobre a Fibromialgia é A Dor que Não Passa. A campanha prossegue até o próximo sábado (15).

De acordo com o médico e reumatologista, Eduardo Paiva, responsável pelo ambulatório de Fibromialgia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e um dos coordenadores da campanha no estado, portadores da doença convivem com queixas inexplicáveis e dores intensas durante muito tempo.

“Em muitos casos os pacientes que deveriam ser diagnosticados com fibromialgia por muitos anos são tratados e medicados como se fossem portadores de outras doenças”, adverte o médico, que é fundador, juntamente com a fisioterapeuta Vivian Pasqualin, do FibroCuritiba, grupo criado para dar suporte às pessoas sem conhecimento sobre o diagnóstico e sobre como tratar a doença.

A fibromialgia tem sintomas como dor, fadiga, indisposição e distúrbios do sono. Porém, segundo o reumatologista, essas manifestações variam de acordo com o horário do dia, intensidade dos esforços realizados, condições climáticas, aspectos emocionais e estão ligadas ao padrão do sono.

O tratamento da fibromialgia é feito com exercícios físicos, tratamento do sono e da dor. “A atividade física regular é o único meio capaz de restaurar a pessoa para uma vida normal. Por isso, todos os outros passos devem ter somente um objetivo: deixar a pessoa mais disposta para fazer atividade física”, afirma o reumatologista do Hospital de Clínicas da UFPR.
 

 

Edição: Rivadavia Severo