Lisiane Wandscheer
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A superlotação e a péssima condição de infraestrutura foram constatadas pela representante do Comitê dos Direitos da Criança da Organização das Nações Unidas (ONU), Suzana Villaran, em sua visita hoje (7) ao Centro de Atendimento Juvenil Especializado (Caje).
Os jornalistas não puderam acompanhar a representante da ONU no interior do Caje. Mas, ao sair, ela disse que o local estava superlotado e com más condições de infraestrutura das instalações. O subsecretário da Secretaria de Justiça do Distrito Federal, Ricardo Batista, que acompanhou a visita, explicou que o problema verificado no Caje é crônico. “A superlotação é um problema crônico. Hoje temos cerca de 350 adolescentes no centro de atendimento”, afirmou.
Suzana destacou a necessidade das autoridades investirem em educação de qualidade, em saúde e no fortalecimento das famílias para que se tenha adolescentes, jovens e adultos que contribuam com uma sociedade pacífica e desenvolvida.
“A privação da liberdade somente deve acontecer em casos excepcionais. O estado deve garantir o direito à integridade física e à vida das crianças e utilizar medidas socioeducativas para os menores infratores . É isto que recomenda o comitê das Nações unidas”, afirmou. “Antes de privá-los de liberdade as crianças tem que ter oportunidade. O que eles perderam foi a liberdade, os outros direitos não foram perdidos”, completou.
Edição: Aécio Amado