Segurança alimentar e energética preocupa empresários da Índia, África do Sul e do Brasil

14/04/2010 - 12h51

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Empresários do Ibas (grupo formado pela Índia, África do Sul e pelo Brasil), demonstraram hoje (14), durante encontro sobre oportunidades de negócios, na capital fluminense, preocupações com questões de segurança alimentar e energética.

Na avaliação do representante da Índia, o vice-presidente e diretor das Indústrias Barthi, Rajan Bharti Mittal, essas questões são desafios para o “desenvolvimento inclusivo” nos países. “Não podemos excluir as pessoas do crescimento”, reforçou.

De acordo com Mittal, o Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) e o Ibas devem ampliar discussões sobre os temas. “A China, o Brasil, a África do Sul e a Rússia têm grandes reservatórios”, lembrou com relação ao potencial hidrelétrico dos países.

O representante da África do Sul, o vice-presidente do Bussiness South Africa, Mthunzi Mdwaba, avaliou que as parcerias nas duas áreas também são importantes para África. Mas destacou que é preciso contornar problemas de logística para facilitar parcerias.

“Embora o Brasil seja um grande produtor de alimentos, problemas de logística dificultam o comércio com o país, o envio [de produtos]. Não há linhas áreas”, afirmou.

O problema também preocupa o Brasil. Ontem (13), ao avaliar as rotas de comércio entre o Bric e o Ibas, o diretor do Departamento de Promoção Comercial do Ministério das Relações Exteriores, Norton de Andrade Mello Rapesta, reconheceu a situação

“Para mandar um contêiner de Santos para a África do Sul, ele passa por Cingapura e Dubai. As ligações aéreas também passam pela Europa , o que amplia a distância, o tempo, além do custo.”

O encontro empresarial Bric-Ibas, do qual participam os representantes da Índia e África do Sul, antecede a 4º Cúpula Ibas e a 2º Cúpula Bric, que reunirão em Brasília os chefes de Estado dos países que integram esses grupos, amanhã (15) e sexta-feira (16), respectivamente. Durantes as cúpulas, devem ser assinados contratos e firmadas parcerias.

Edição: Juliana Andrade