Para empresários, infraestrutura é a principal porta de entrada de investimentos no Bric

14/04/2010 - 12h32

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – O setor de infraestrutura foi apontado hoje (14), durante encontro comercial entre os países do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) e do Ibas (Índia, Brasil e África do Sul), na capital fluminense, como a principal porta de entrada para investimentos.

Durante o encontro empresarial Bric/Ibas, o representante da África do Sul, o vice-presidente do Bussiness South Africa, Mthunzi Mdwaba, destacou que o país precisa ampliar a oferta de energia de 44 mil megawats para 70 mil megawatts. Para isso, informou que o governo quer contar com a iniciativa privada.

“O governo declarou que o setor privado estará envolvido nos projetos de geração, uma vez que recentemente indicou as regras por meio da agência reguladora, tornando o setor energético mais atraente”, afirmou. “A escassez pode prejudicar os investimentos”, completou.

Além de minimizar as ameaças ao fornecimento, Mdwaba destacou que investimentos na matriz energética sul-africana favorecem o desenvolvimento regional. “Melhorar a segurança energética na África do Sul e no continente é base do desenvolvimento da África Subssaariana”, reforçou.

Durante as primeiras palestras, os empresários também demonstraram interesse em aprofundar relações comerciais com a Rússia e a China, no setor de serviços e tecnologia da informação, como destacou o representante da Índia e vice-presidente das Indústrias Barthi, Rajan Bharti Mittal.

“Nossa relação com o Brasil está muito bem, mas podemos ampliar as oportunidades de negócios com a Rússia e a China”, destacou. Segundo o empresário, o governo indiano transferiu importantes setores como os de portos e rodovias para a iniciativa privada e pretende ampliar a participação do empresariado na saúde e educação.

Mittal também destacou a experiência do país no setor de tecnologia da informação e lembrou que esse é um dos pilares da economia indiana, que cresceu 7,5% no ano passado, apesar da crise financeira mundial que diminuiu o crescimento econômico de muitas nações. “O nosso setor de telecomunicações é uma história de sucesso”, disse.

Edição: Juliana Andrade