Defensoria Pública está em mutirão no IML do Rio

09/04/2010 - 14h53

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro está de plantão, a partir de hoje (9), no Instituto Médico Legal (IML) carioca para atender às vítimas do temporal que atingiu no início da semana a região metropolitana da cidade e todo o estado. Como o IML de Niterói não conseguiu atender o grande número de vítimas no município, os corpos estão sendo encaminhados para o Rio. Segundo a assessoria do prefeito Eduardo Paes, que está no local agilizando o trâmite dos documentos, entraram 50 corpos no IML desde a tragédia, sendo que 41 deles já foram liberados.

Surgiu a necessidade de um mutirão da Defensoria Pública e foi realizada uma convocação humanitária para resolver a situação da documentação das pessoas vitimadas na tragédia carioca, explicou Fernando Barto, um dos defensores públicos no local.

“Estamos aqui para as ações pertinentes, como o alvará, o sepultamento, ou uma segunda via de documentação, para fazer esse resgate da cidadania. [O trabalho] Começou hoje de manhã. Os corpos de [vítimas em] Niterói estão vindo para o IML do Rio, onde será a concentração. Acabei de ser informado que talvez [que vítimas de] São Gonçalo (município do Rio) também será encaminhado para cá, por causa da sobrecarga em Tribobó (bairro de São Gonçalo)”, explicou o defensor público.

Agentes dos cartórios também estão mobilizados. Segundo o presidente da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado do Rio de Janeiro (Arpenrj), Cláudio Almeida, os cartórios vão fazer um plantão de emergência.

“A gente tenta agilizar as segundas vias dos registros, e na questão do registro do óbito os cartórios vão fazer plantão no fim de semana das 9h ao meio dia. Os principais cartórios já se disponibilizaram, eles vão estender o atendimento até o horário necessário para suprir a demanda”, informou Almeida.

Cerca de 20 parentes de vítimas das chuvas estavam no IML na manhã desta sexta-feira, alguns deles de Niterói e outros do Rio. Segundo a assessoria do prefeito Eduardo Paes, houve casos de até 14 pessoas de uma mesma família morrerem no Morro dos Prazeres, em Santa Teresa, no Rio.

 

Edição: Fernando Fraga