Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro das Cidades, Marcio Fortes, afirmou hoje (6) que esteve reunido com o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e com o prefeito da capital, Eduardo Paes, e que aguarda uma avaliação mais completa da situação do estado, depois dos temporais das últimas horas, para uma “eventual liberação de verbas”.
Em entrevista exclusiva à Agência Brasil, o ministro avaliou que as chuvas “pegaram de surpresa” o Rio de Janeiro. Ele relatou inundações em ruas e avenidas, transbordamento de córregos e canais e mortes em áreas de risco.
Neste primeiro momento, de acordo com o ministro, a prioridade é o atendimento por meio da Defesa Civil, sobretudo no que diz respeito a abrigos e assistência aos afetados pelos temporais.
Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva solicitou “integração” por parte de todas as pastas para atender o estado. O Ministério da Justiça já disponibilizou helicópteros na tentativa de ajudar a controlar a situação.
“As águas estão baixando com a parada da chuva, mas o tempo está fechando de novo. Com isso, temos um quadro preocupante. Há muita terra encharcada e isso pode trazer mais preocupação para pessoas em áreas de risco. Vamos torcer para que isso seja só nevoeiro”, disse.
Fortes lembrou que o governo federal já havia destinado R$ 1 bilhão – por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – para a drenagem e a despoluição de rios em todo o país.
De acordo com o ministro, a conclusão de algumas obras em Duque de Caxias (RJ), por exemplo, ajudou a resolver o problema das inundações. “São obras importantes mas que não são concluídas em um espaço pequeno de tempo”, afirmou.
“As obras estão sendo agilizadas para serem concluídas. Mas é preciso lembrar que o momento é excepcional no sentido de que o volume de águas que caiu é recorde. Temos que lidar não com uma chuva intensa, mas com uma super chuva intensa”, completou.
Mais cedo, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, afirmou que o temporal iniciado na noite de ontem (5) foi o maior já registrado na cidade desde 1966, quando o índice pluviométrico atingiu 245 milímetros. Nas últimas 24 horas, o nível das chuvas chegou a 288 milímetros.
O ministro e o presidente devem permanecer no Rio de Janeiro até o final da tarde, quando viajam para São Paulo e, em seguida, retornam para Brasília.
Edição: Lílian Beraldo