Douglas Oliveira e Isabela Vieira
Repórteres da EBC
Rio de Janeiro – A intensidade da chuva começa a diminuir na capital fluminense e o nível do Rio Maracanã, principal ponto de transbordamento na cidade, já baixou, o que possibilita o tráfego de ônibus e carros de passeio. Os ônibus voltaram a circular no centro da cidade, mas o movimento de pessoas ainda é reduzido. Muita gente ficou em casa, atendendo ao pedido feito hoje (6) cedo pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes, devido aos mais de 60 pontos de alagamento na cidade.
O ascensorista Moisés Alves saiu de casa em Madureira, na zona norte, no fim da madrugada de hoje, antes do alerta da prefeitura. Ele disse que viu ônibus e carros parados em vários pontos de alagamentos na cidade e que demorou o dobro do tempo para chegar à Praça Mauá, centro. “Estava tudo parado por causa das poças d'água e veículos enguiçados desde ontem. Um verdadeiro caos”.
Dezenas de lojas comerciais no centro e agências bancárias ainda não abriram para atendimento ao público, devido ao temporal que atingiu o Rio no final da tarde desta segunda-feira. De acordo com os meteorologistas, é a chuva mais forte dos últimos anos.
O motorista de táxi Sândalo Monteiro, que trabalha desde as 5h, contou que a chuva deixou árvores caídas e pontos de alagamento na Baixada Fluminense e em toda a cidade do Rio. “Não há condições de tráfego. Presenciei, ontem à noite, a Avenida Brasil com ondas, correnteza forte, carros sendo arrastados na Penha e em Ramos [zona norte].”
No município a situação provoca muitos transtornos, com pessoas presas nos ônibus e carros de passeio parados por várias horas. Na Praça da Bandeira, uma das áreas mais afetadas pelo transbordamento do Rio Maracanã, os bombeiros usaram botes salva-vidas para resgatar dezenas de trabalhadores que estavam ilhados nos carros e ônibus.
Por precaução, para evitar novos deslizamentos, a prefeitura do Rio decidiu fechar a Avenida Niemeyer, em São Conrado, e a Estrada Grajaú-Jacarepaguá, para avaliar as condições de segurança e se há risco de novos deslizamentos de terra.
Edição: Juliana Andrade