Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – A Secretaria Municipal de Saúde pretende aumentar o número de pessoas imunizadas contra a Influenza A H1N1 - gripe suína. Para tanto, reforçará a campanha de vacinação na terceira etapa, que começou hoje (5) e é voltada para o público jovem, com idade entre 20 e 29 anos.
Na segunda etapa, cerca de 300 mil pessoas foram vacinadas no município. O resultado ficou bem abaixo das 500 mil imunizações previstas pelo Ministério da Saúde para o Rio.
A coordenadora do Programa de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde, Cristina Lemos, informou que, devido à baixa procura, a segunda fase, voltada para gestantes, portadores de doenças crônicas e crianças de 6 meses a 2 anos foi estendida até o dia 23 deste mês. De acordo com Cristina, a desinformação pode ter contribuído para o baixo índice alcançado.
A médica reiterou que não há nenhuma contraindicação para crianças e que a vacina é a melhor prevenção da doença para aqueles que se encontram nos grupos de risco. “Na epidemia no ano passado, foi observada uma situação muito grave nesses grupos, alguns com complicações que acabaram em morte. Pessoas desses grupos não podem perder a oportunidade de se vacinar”, afirmou.
O pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (Ensp/Fiocruz), Paulo Sabroza, lamentou que a população só procure se vacinar em momentos de pico da doença. “Se houvesse vacina disponível no ano passado, no período mais crítico do contágio, estariam todos nas filas dos postos de saúde”.
Sabroza criticou também os que divulgam informações contrárias à vacina. “A vacina que está sendo oferecida pelo Ministério da Saúde contra o vírus H1N1 é a mesma da gripe sazonal que o brasileiro toma há décadas, mudando apenas os antígenos [proteínas capazes de iniciar produção de anticorpos no corpo humano]”, explicou.
Nesta terceira fase, a Secretaria Municipal espera vacinar cerca de 1 milhão de pessoas no Rio até o dia 23.
A partir do dia 24, o público-alvo serão os idosos acima de 60 anos Na última etapa, de 10 a 21 de maio, serão imunizados adultos de 30 a 39 anos.
Segundo o Ministério da Saúde, a vacina registra uma efetividade média superior a 95% e já está em uso em outros países, não tendo sido observada uma relação entre o uso da vacina e a ocorrência de eventos adversos graves. As reações à vacina mais frequentes são: dor local, febre baixa e dores musculares, que se resolvem em torno de 48 horas.
Edição: Nádia Franco