Cristina Kirchner diz que continuará batalha diplomática e política pelas Malvinas

30/03/2010 - 17h19

Luiz Antônio Alves
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Faltando três dias para se completarem 28 anos da Guerra das Malvinas – ou Falklands, como as ilhas são conhecidas em inglês –, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, disse hoje (30) que o país continuará sua batalha diplomática e política com a Inglaterra pelos direitos sobre as ilhas.

Por outro lado, segundo informações da Telam, agência de notícias oficial da Argentina, o governo continuará trabalhando para que cidadãos argentinos possam viajar até o Cemitério de Darwin, localizado nas Malvinas, para homenagear parentes ou amigos mortos em combate.

Hoje (30), Cristina Kirchner acrescentou mais uma fotografia no Salão das Mulheres Argentinas, sala da Casa Rosada em que são homenageadas as mulheres que tiveram papel relevante na história do país. Entre elas, destacam-se Eva Perón, mulher do ex-presidente Juan Domingo Perón, a escritora Victoria Ocampo, as Mães da Praça da Maio e Cecília Grierson, a primeira médica e enfermeira argentina.

A fotografia inaugurada hoje mostra uma mulher chorando diante de uma das cruzes brancas do Cemitério de Darwin. De acordo com Cristina Kirchner, a foto representa "as mães, esposas, filhas, irmãs e noivas que perderam entes queridos na guerra".

“Essa batalha”, disse a presidente, “será eterna, mas não usará a força, como no passado. Pelo contrário, será uma profunda batalha diplomática, cultural e política, em todas as frentes e foros, usando os instrumentos do direito internacional e nacional em defesa do nosso patrimônio e dos nossos direitos naturais”.

A guerra entre a Argentina e o Reino Unido pela posse das Ilhas Malvinas durou de 2 de abril a 14 de junho de 1982 e provocou a morte de 649 soldados argentinos, 255 britânicos e três ilhéus.


Edição: Nádia Franco