ONU pede que comunidade internacional colabore com o fortalecimento das instituições no Haiti

29/03/2010 - 17h42


Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil


Brasília – A dois dias da realização da  Conferência Internacional de Doadores para o Novo Futuro do Haiti, o representante especial das Nações Unidas no país, Edmond Mulet, pediu hoje (29) que a comunidade internacional se una em favor do fortalecimento das instituições públicas haitianas, destruídas depois do terremoto de 12 de janeiro.

“A comunidade internacional tem responsabilidades. Nós não podemos trabalhar com as desculpas de que um governo é corrupto, fraco, e assim por diante. Se não resolvermos essa situação agora mesmo, teremos operações de paz e intervenções no Haiti por mais 200 anos”.

Segundo Mulet, o quadro de transparência e responsabilidade estabelecido no país pelo governo do presidente René Préval oferece garantias para a sociedade civil e a comunidade internacional. Para ele, as consequências causadas pelo terremoto devem servir para reforçar o Estado do Haiti.

No dia 12 de fevereiro, um terremoto de 7 graus na escalar Richter deixou pelo menos 222 mil mortos e 1,3 milhão de desabrigados. O temor destruiu várias cidades do Haiti. Prédios públicos, inclusive a sede do governo e a casa do presidente da República, vieram abaixo. Residências, comércio e pontes também não resistiram.

A comunidade internacional, governos de vários países, incluindo o Brasil, e entidades civis organizadas lideraram campanhas de ajuda ao Haiti. Remessas de alimentos, medicamentos, agasalhos e material de primeira necessidade foram enviados ao país. Paralelamente foram encaminhados hospitais de campanha e barracas para abrigar os refugiados.

 

 

Edição: Rivadavia Severo