Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Brasil deixará de ter déficit nominal a partir de 2013. A estimativa é do ministro da Fazenda, Guido Mantega. De acordo com ele, o resultado estará praticamente neutralizado em 2012, com a redução da dívida pública. As projeções levam em consideração todas as despesas e os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2).

“Nós fizemos a conta e projetamos a receita que teremos em 2011 e 2014. Projetamos todos os gastos, colocamos o PAC 2 e resultou nessa conta. Solidez fiscal, com a realização do PAC 2, mantendo um volume elevado de investimento por parte do Estado”, disse.

A previsão de déficit nominal neste ano, calcula o ministro, será de 1,5% em relação ao PIB. “Será um dos menores do mundo. Menor que o da China, da Índia, da Alemanha, dos Estados Unidos. Crescendo com solidez.”

O ministro informou que a redução da dívida pública brasileira será de menos de 30% do Produto Interno Bruto (PIB), em 2013, demonstração de que o país ficará menos vulnerável e com dívida cada vez menor.

Segundo Mantega, todos os investimentos feitos no Brasil, nos últimos anos, não afetaram as contas públicas. “Passamos por todo esse processo mantendo as contas públicas bastantes sólidas. O superávit primário se manteve no patamar de 3,3% e 3,5%, salvo no ano passado devido à crise”.

O ministro disse que o Brasil tem hoje um dos melhores desempenhos fiscais do mundo e do G20 (grupo das maiores economias mundiais), pois a maioria dos países está com déficits fiscais avançados. “Nós retomamos a superávit primário de 3,3%, que será mantido durante o PAC 2, no próximo governo”.

Com a queda no volume da dívida, houve uma queda no volume de juros, chegando a um dos menores patamares dos últimos tempos, conforme o ministro. "A tendência é essa: a conta ficar cada vez menor, ajudando a termos um conjunto de contas públicas bastante sólidas."

Edição: Lana Cristina