Oportunidades de desenvolvimento são principal legado das cidades olímpicas, diz ministra britânica

25/03/2010 - 19h16




Alana Gandra

Repórter da Agência Brasil

 

Rio de Janeiro - A ministra britânica para as Olimpíadas, Tessa Jowel, afirmou hoje (25) durante o seminário Brasil-Reino Unido: Troca de Experiências – Olimpíadas e Copa do Mundo, que o legado mais importante para uma cidade que sedia os Jogos Olímpicos são as oportunidades de desenvolvimento que ficam como herança para o futuro.

“Uma lição que aprendemos é que nada é inevitável. Portanto, precisamos ser muito claros com relação ao legado que ficará depois”, disse na abertura do evento, realizado na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no centro da cidade.

A ministra disse que os Jogos Olímpicos de Londres deixarão dois legados principais para a capital inglesa: a recuperação de uma área pobre da cidade, que se traduzirá em melhoria da estrutura de transportes para os cidadãos e em oferta de empregos. Ela estimou que as Olimpíadas modificarão para melhor a vida de 1,2 milhão de pessoas.

Tessa Jowel também destacou a importância dos Jogos que trarão uma nova vida para os jovens. “É a transformação de uma geração de jovens por meio do esporte. Isso já está acontecendo no país. Uma nova vida que eles estão descobrindo”.

A ministra ressaltou o programa brasileiro de educação por meio do esporte, experiência que, segundo ela, for levada a outros países, poderá afetar de forma positiva a vida de cerca de 22 milhões de crianças que residem nos países mais pobres do mundo. “Mais tempo na escola para praticar esporte. Esse é o compromisso firmado pelo Brasil”.

O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, que também participou do seminário, disse que os negócios envolvendo eventos esportivos como a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 precisam ser desenvolvidos e planejados com antecipação. “No caso do Rio de Janeiro, a Olimpíada é uma imensa oportunidade de projetar a cidade e também de desenvolver novas qualidades por sobre as qualidades que ela já tem”.

Ele revelou que o banco começou a receber algumas consultas de financiamento visando a Copa de 2014. Teremos tempo, garantiu. “O problema é aprender as lições e fazer um bom planejamento para não os repetir erros”.