Financiamento para consórcios de leilão da energia de Belo Monte está em análise final pelo BNDES

25/03/2010 - 17h29

BNDES quer garantir  forte competição no leilão da usina de Belo Monte

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está analisando as condições finais de financiamento solicitado pelos dois consórcios formados até agora para disputar o leilão da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, marcado para o dia 20 de abril. Os consórcios são integrados pela Odebrecht e a Camargo Corrêa; e  pela Andrade Gutierrez, Neoenergia, Vale e Votorantim.

“Eles sempre pedem um pouquinho mais e  nós estamos vendo”, afirmou hoje (25) o presidente do banco, Luciano Coutinho. Ele afiançou que  o BNDES está trabalhando para viabilizar um leilão “fortemente competitivo”.

Coutinho lembrou que nos leilões das usinas de Jirau e Santo Antonio, em Rondônia, realizados em 2008,  apesar de  contarem também com apenas dois consórcios concorrentes, a competição produziu uma redução da tarifa, “que é o que interessa para a sociedade: tarifa mais baixa para o usuário brasileiro”.

Para o presidente do BNDES, esta é uma demonstração de eficiência de um processo competitivo traduzida em benefício para a sociedade. A Usina de Belo Monte, localizada no Rio Xingu, terá uma capacidade de geração de 11,2 mil megawatts (MW). De acordo com o edital aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o preço-teto da energia de Belo Monte foi fixado em R$ 83 por megawatt/hora (MWh).