Prestes a deixar governo da Colômbia, Uribe promete se empenhar em política de segurança

16/03/2010 - 12h19

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A pouco mais de quatro meses para deixar o governo, o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, disse hoje (16) que vai se empenhar na execução de uma política de segurança em busca da eficiência e do aperfeiçoamento. Em 30 de maio, cerca de 30 milhões de colombianos irão às urnas para a escolha do sucessor de Uribe. O presidente tentou garantir o direito a um terceiro mandato, mas a Corte Constitucional colombiana vetou a iniciativa, que considerou  inconstitucional.

“Nosso governo termina em 7 de agosto e estamos empenhados em  trabalhar nestes 145 dias de forma eficiente, que permita deixar ao próximo governo uma política de segurança incrementada, melhorando diariamente, com maior eficácia, de forma transparente”, disse Uribe.

Há oito anos na Presidência da Colômbia, Uribe construiu sua gestão na defesa do que chama de Política de Segurança Democrática, base da ação que autoriza o uso de armas no combate às operações das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Para Uribe, seu sucessor deve trabalhar para manter algumas de suas ações. “[Adotar] uma política de maior segurança na melhoria permanente”, disse ele. “É possível perceber uma grande queda na criminalidade em comparação com o segundo semestre do ano passado. No mês de fevereiro, havia quatro assassinatos, em março  foram registrados até agora dois”, afirmou o presidente referindo-se à região de Itagui, considerada uma das mais delicadas da Colômbia.

No último domingo (14), sob ameaça das Farc, o Ministério da Defesa determinou que 250 mil homens fossem deslocados para garantir a segurança  nos locais de votação. Cerca de 30 milhões de colombianos foram às urnas para a escolha de 102 senadores e 166 integrantes da Câmara de Representantes e do Parlamento Andino entre 2.500 candidatos.

O resultado das eleições da Colômbia, previsto para ser divulgado amanhã (17), vai indicar os candidatos que têm chances na sucessão de Uribe. Analistas políticos informam que o Partido Conservador, que é o do presidente da República, deve obter maioria na Câmara Alta e também entre os integrantes da Câmara de Representantes e do Parlamento Andino.