Manifestantes palestinos entram em confronto com polícia israelense em Jerusalém Oriental

16/03/2010 - 14h50








Da Agência Brasil

Brasília – No dia do encerramento da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Jerusalém, manifestantes palestinos entraram, hoje (16), em choque com a polícia israelense na área oriental da cidade. Os protestos são motivados pela construção de novos assentamentos judaicos na região e a reabertura de uma sinagoga. As informações são da BBC Brasil.

Os manifestantes queimaram pneus e atiraram pedras contra os policiais, que responderam com granadas de efeito moral. Os choques ocorreram em vários pontos de Jerusalém Oriental, entre eles o campo de refugiados de Shu'fat, e os arredores da Mesquita de Al-Aqsa.

Por ordem do governo israelense, 3 mil policiais reforçaram a segurança na parte que é predominantemente árabe – na área onde os palestinos querem fundar a capital de seu Estado independente.

Além dos assentamentos, a reabertura da Sinagoga Hurva, que já foi destruída duas vezes e fica perto da Mesquita de Al-Aqsa – o terceiro lugar mais sagrado para o Islã – também colaborou com o agravamento da tensão.

O grupo militante Hamas definiu esta terça-feira (16) como sendo o “Dia da Ira”, contra a reabertura da sinagoga. A última Intifada palestina, no início deste milênio, foi provocada por causa da disputa por locais sagrados em Jerusalém.

O presidente Lula foi a Israel e aos territórios ocupados pelos palestinos para propor que o governo brasileiro seja intermediador no processo de paz. Ele chegou ontem (15) à capital israelense. Mas as negociações entre isralenses e palestinos foram interrompidas em dezembro de 2008. As articulações estão estagnadas em decorrência da decisão do governo de Israel de construir em Jerusalém Oriental e também na Cisjordânia.