Presidente chileno diz que país está mais pobre após catástrofe e precisará de ajuda internacional

12/03/2010 - 18h28

Renata Giraldi
Enviada Especial  

Santiago – O novo presidente do Chile,  Sebastián Piñera, reiterou hoje (12) a necessidade de apoio internacional para reconstruir o país – devastado por tremores de terra e tsunamis. Segundo ele, o Chile está “muito mais pobre” após a catástrofe. No seus cálculos, só para a reconstrução de prédios públicos e privados serão necessários US$ 30 bilhões.

“Todo esse trabalho não vai durar dias ou semanas, mas anos, pois houve tremores de imensa magnitude cujos efeitos não se solucionam rapidamente”, disse Piñera, em entrevista coletiva da qual participaram jornalistas chilenos e estrangeiros.

Perguntado se pretende se aproximar dos países do Bric – Brasil, Rússia, Índia e China – para pedir apoio, ele não titubeou: “Definitivamente, a resposta é afirmativa. Já aprofundamos vários diálogos e estamos tratando de dar continuidade a isso. São grandes países e grandes economias, queremos muito estreitar relações.”

Na entrevista, mais uma vez, a maior parte das perguntas foi sobre os efeitos dos terremotos e tsunamis que afligem o país desde o último dia 27. Piñera admitiu que o país empobreceu depois da catástrofe. “É verdade que o Chile está muito mais pobre. São mais de 500 chilenos mortos, o número deve subir ainda mais, pois há ainda desaparecidos. Foi um gigantesco impacto”, disse ele.  

Bem-humorado, Piñera demonstrou estar à vontade diante das câmeras, microfones e gravadores. Ao perceber a demora em uma das perguntas, lançou logo uma piada. “Já que não há perguntas, eu agradeço a presença de todos e vou embora”, disse ele, sorrindo. A entrevista foi extremamente organizada, seguindo um padrão internacional – havia tradução para o inglês.

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