Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A Organização das Nações Unidas (ONU) confirmou hoje (2) que enviará ao Chile, por intermédio da Organização Mundial de Saúde (OMS), o material requisitado ontem (1º) pela presidente chilena, Michelle Bachelet. O país receberá hospitais de campanha com salas de cirurgia, centros de diálise, assim como geradores de energia, telefones por satélite, sistemas de avaliação de danos estruturais e de purificação de água salgada, além de pontes móveis e cozinhas (de campanha).
O governo Bachelet pediu ainda o envio de 800 mil doses da vacina contra hepatite A para evitar um surto da doença no país. A OMS está em busca de doações de produtos farmacêuticos.
A secretária-geral adjunta para Assuntos Humanitários da ONU, Catherine Bragg, afirmou que as Nações Unidas se dispõem a apoiar o Chile no que for necessário. Segundo ela, foi enviada uma equipe para prestar colaboração à Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal).
“A ONU está pronta a apoiar de todas as maneiras possíveis e tem estado em contacto permanente com o governo desde o primeiro dia [do terremoto]”, afirmou Bragg. Ontem (1º) Bachelet conversou com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon que reiterou que o órgão vai fazer o possível para enviar os itens solicitados pelo governo chileno rapidamente.
Desde o último sábado (27), o Chile vive momentos de tragédia em decorrência dos efeitos do terremoto de 8,8 graus de magnitude, dos tremores que se seguiram a ele e também por causa dos tsunamis que ocorreram no país.
Pelos dados oficiais, 723 pessoas morreram. Há desaparecidos e desabrigados. Pelo menos 1.500 pessoas estão sem energia e 800 sem água. Houve destruição de pelo menos 1,5 milhão de casas, estradas e pontes. Prédios públicos e privados também sofreram abalos.
*Matéria alterada para atualização de informação