Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O professor de Finanças do Ibmec Rio, Nelson Augusto Frederico de Sousa, afirmou,em entrevista à Agência Brasil, que não é interessante para oconsumidor brasileiro comprar passagens aéreas parceladas, “a menos queseja uma emergência e que não haja alternativa”. Na maioria das vezes,em parcelamentos prolongados, o valor da passagem pode subir até150%. Ele disse que cada companhia aérea tem umaforma de financiar as passagens e de fixar os juros cobrados aosclientes. Em geral, as taxas aeroportuárias são debitadas na primeiraparcela.Sousaconsiderou que o interessante é que o preço parcelado seja igual aovalor a vista. “Esse seria um financiamento interessante. Os outros sãorelativamente caros”. Para o consumidor, ele afirmou que o máximo deprestações deveria ser de seis parcelas. “Daí para a frente, começa aencarecer bastante”. Um parcelamento muito longo tem a desvantagem deque a viagem fica esquecida, “mas a conta continua ali na frentedele, todo mês”, ponderou o especialista.Dependendo da taxa de juros embutida, o valor da passagem pode ficar 30% maior, no caso de juros de 3%cobrados em geral pelas companhias para 12 parcelas, revelou Nelson deSousa. ”Para 36parcelas, o valor mais do que dobra. Vai para 120% ou mais”. Conforme o professor do Ibmec Rio, o parcelamento muito extenso podetrazer dificuldades para o usuário.Para Sousa, a tendência é de que os preçosdas passagens aéreas subam em um prazo mais curto. “Porque muita gente queantes não tinha acesso a issoestá começando aviajar. Há uma demanda maior do que aoferta. Isso é que faz os preços das passagens subirem”.