Pela primeira vez na América Latina, Fórum Urbano Mundial deve reunir 15 mil pessoas no Rio

08/02/2010 - 13h53

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Cerca de 15 mil pessoasde mais de 160 países devem participar, entre os dias 22 e 26 demarço, no Rio de Janeiro, do 5º Fórum Urbano Mundial. Os debatesque integrarão esta edição do evento, organizado pelo Programa dasNações Unidas para Assentamentos Humanos (UN-Habitat), terão comotema central O Direito à Cidade: Unindo o Urbano Dividido”,incluindo questões como acesso à moradia, diversidade cultural,governança, participação social e urbanização sustentável.Deacordo com o ministro das Cidades, Marcio Fortes, o fórum, realizadopela primeira vez na América Latina, representa um importante espaçode troca de experiências que devem nortear ações para melhorar odesenvolvimento urbano. “Temos que trocar experiências eaprender as soluções adotadas em outros locais, como a Índia, aÁfrica do Sul, sempre com melhor retorno em função dos recursosinvestidos. Não é um fórum acadêmico, mas um fórum para servirde referência para execução. Queremos ação e resultado”,destacou, durante cerimônia de lançamento do fórum hoje (8), noRio de Janeiro.Marcio Fortes ressaltou, ainda, que entre asexperiências brasileiras a serem apresentadas estão as obras doPrograma de Aceleração do Crescimento (PAC) realizadas no Rio.Segundo ele, as melhorias em termos de urbanização, construção decasas e saneamento no âmbito do programa do governo federal, emparceria com o estado e município, representam um “laboratóriomuito importante”, que poderá ser observado pelos participantes dofórum. O 5º Fórum Urbano Mundial terá diariamente, 12mesas-redondas e 108 eventos em rede, realizados em seis armazéns doPorto do Rio. As discussões devem reunir autoridades, ministros,governadores e representantes de organizações não governamentaisde várias cidades do mundo. De acordo com dados daUN-Habitat, aproximadamente 1 bilhão de pessoas no mundo vivem emassentamentos precários e mais da metade da humanidade ocupa osespaços urbanos. Nos próximos 50 anos, a estimativa é que essenúmero chegue a dois terços.