Unica nega ter pedido menor tarifa de importação de etanol por causa de preços altos

22/01/2010 - 15h39

Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Unica) negou que o pedido feito à Câmara de Comércio Exterior (Camex) deredução ou eliminação da tarifa de importação de etanol tenha a ver comos preços adotados atualmente no mercado interno. No fim doano passado, a Unica sugeriu que a tarifa de 20% cobrada sobreo etanol importado no Brasil seja suspensa, como forma deestimular a receptividade de outros países à compra do produto brasileiro. A cobrança da tarifa tem sido usada como justificativa –principalmente dos Estados Unidos – para também manter suas medidasprotecionistas.Diante da alta de preços do etanol – emBrasília, por exemplo, o litro do álcool combustível já é vendido a R$ 2,20 – aUnica procurou esclarecer que o pedido está relacionado a uma demandaantiga dos produtores e não à possível falta do produto nomercado. “A Unica entende que o livre comércio deve ocorrer emtodos os sentidos. Por isso, o Brasil, como maior produtor de etanol decana e maior exportador de etanol do mundo, com 60% do mercado global,deve dar o exemplo e eliminar barreiras, o que o credencia parapleitear medidas similares por parte de países que hoje mantêm mercadosprotegidos”, diz a entidade, em nota à imprensa.A expectativa é que a medida seja aprovada em fevereiro, o que influenciaria as importações a partir de abril.Nesse caso, o Brasil já estaria colhendo a safra 2010/2011 decana-de-açúcar, e o problema com os preços atuais, superado.No ano passado, os principais países dos quais o Brasil importou etanolforam a Argentina, a Alemanha e a Jamaica. Ao todo, foram comprados 4.464 litros docombustível.