Prudente recorre da decisão que determinou saída da Presidência da Câmara do DF

22/01/2010 - 7h18

Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O deputado distrital Leonardo Prudente (sem partido) foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão judicial que determinou suasaída da Presidência da Câmara Legislativa do Distrito Federal.Noúltimo dia 18, o juiz da 2ª Vara de Fazenda Pública do DF, Álvaro Ciarlini, determinou o afastamento imediato dePrudente, atendendo a uma ação popular do advogado Evilázio Santos. Odistrital é acusado de ser um dos beneficiados pelo suposto esquema depagamento de propina no DF. Em um dos vídeos obtidos pelaPolícia Federal na Operação Caixa de Pandora, Prudente aparececolocando dinheiro nas meias e no terno.Ao STF, o deputadoargumenta que o juiz de primeira instância não tem prerrogativa paradeterminar o afastamento e diz que a decisão judicial viola o"princípio da separação dos poderes, do devido processo legal e do votopopular e soberano", além de tomar lugar do Legislativo local, o que éproibido pela Constituição Federal.“Não basta que a Câmarafuncione, mas sim que ela funcione com os representantes que foramungidos pelas urnas, sob pena de grave perturbação da legitimidade e daordem democrática”, diz a ação movida por Prudente, segundo informaçõesdo STF.Leonardo Prudente reassumiu a Presidência da Câmara noúltimo dia 11, depois de pedir licença com o surgimento das denúncias deenvolvimento no suposto esquema de corrupção.A Procuradoria daCâmara recorreu da decisão de Ciarlini, mas a liminar foi mantida peloTribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT).Com o afastamento de Prudente, o petista Cabo Patrício, vice-presidente, assumiu o comando da Casa.