PPS cobra explicações de Alírio Neto sobre anulação de CPI

22/01/2010 - 17h45

Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A direção nacional do PPS cobrou hoje (22) explicações do deputado distritalAlírio Neto sobre a anulação da Comissão Parlamentar de Inquérito(CPI), criada na Câmara Legislativa do Distrito Federal, parainvestigar o suposto esquema de corrupção no governo de José RobertoArruda (sem partido).Para o PPS, ao acabar com a CPI, Alírio,presidente da comissão, descumpriu posicionamento da legenda a favor daapuração das denúncias de pagamento de propina a distritais e oafastamento do governador José Roberto Arruda (sem partido), apontadocomo chefe do esquema de corrupção. No entanto, Alírio, ex-secretáriode Justiça de Arruda, integra a base de apoio ao governo na Câmara. Odeputado deverá prestar as explicações ao Conselho de Ética do partido,segundo nota do PPS. Alírio Neto encerrou ontem (21) a CPI com ajustificativa de que estava seguindo a decisão do juiz da 7ª Vara deFazenda Pública do DF, Vinícius Silva, que afastou os deputadosdistritais investigados pela Polícia Federal da análise dos processosde impeachment de Arruda. Na liminar, o juiz determinou também aanulação de qualquer ato que tenha tido interferência dos afastados.Alírioalegou que alguns dos distritais investigados haviam assinado o documentopara a criação da CPI, o que tornaria a comissão inválida. Já a oposição rebate dizendo que a liminar prevê a nulidade apenas dos atosrelacionados ao impeachment, ficando de fora a comissão. Opresidente em exercício da Câmara, Cabo Patrício (PT), solicitou aospartidos ou blocos partidários que indiquem novos membros para a CPI,como forma de tentar manter viva a comissão, criada no último dia 11 eque contou com apenas duas reuniões. Os líderes têm até segunda-feira, às 14h, para as indicações. Eleinformou à Polícia Federal que o depoimento doex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal, DurvalBarbosa, marcado para a próxima terça-feira (26) está mantido. Durval é autor das denúncias do suposto esquema e está no Programa de Proteção à Testemunha.