Chilenos vão às urnas hoje para escolher novo presidente

17/01/2010 - 10h21

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Santiago (Chile) - Depois de 20 anos no poder, a esquerda do Chile pode serderrotada hoje (17)  pela direita do país. Cerca de 9 milhões dechilenos irão às urnas em nove regiões políticas do país para escolhero novo presidente da República. Se as projeções eleitorais estiveremcertas, a tendência é de uma disputa apertada entre os candidatos deoposição, Miguel Sebastián Piñera (Alianza) de centro-direita e dogovernista e ex-presidente, Eduardo Frei-Ruiz (Concertación) decentro-esquerda.Estas são as últimas eleições de voto obrigatório no Chile. A previsão das autoridades chilenas é que no começo da noite de hoje (17)seja anunciado o resultado oficial das eleições. Os eleitores votam emcédulas de papel, mas à medida que cada mesa (área eleitoral) concluisuas votações, os sufrágios são enviados para o local de contagem no centro da capital Santiago.  Pelaspesquisas de opinião, Piñera lidera com uma pequena margem de votos adisputa com Frei. De acordo com as últimas projeções, o candidato dadireita venceria as eleições com 53,5% dos votos, contra o governistaque obteria 46,5%. Antes as pesquisas mostravam que havia um empatetécnico entre ambos, colocando Piñera com 50,9% dos votos e oex-presidente ficaria com 49,1%.  As eleições de hoje sãoconsideradas um marco por provocarem a polarização entre a direita e esquerda. A disputa tem um peso a mais no Chile que viveu 17 anos da ditadura do general Augusto Pinochet, de1973 a 1990 – responsável pelo fim da liberdade, privações e violência,além do desaparecimento de cerca de 3 mil pessoas.    De acordocom a Presidência da República, cerca 500 repórteres chilenos e outros150 estrangeiros estão credenciados para acompanhar as eleições nopaís. São aproximadamente 160 veículos entre nacionais e internacionais.Apesardo fator histórico, nos últimos dias foi registrada uma tendência deaumento dos votos em branco e nulo. A presidente do Chile, MichelleBachelet, com 81% de aprovação popular, foi a público pedir que oeleitorado não vote nulo nem em branco.