Tendência é de aumento das relações bilaterais do Brasil com o Chile, diz embaixador

16/01/2010 - 10h27

Renata Giraldi
Enviada Especial
Santiago (Chile) - O cenário de incerteza sobre quem será o novo presidente doChile, uma vez que os dois candidatos em disputa aparecem muitopróximos de acordo com as pesquisas de opinião, não afeta as relaçõespolíticas e econômicas com o Brasil. A análise é do embaixador doBrasil no Chile, Mario Vilalva, à Agência Brasil. Para ele, atendência é de ampliação das relações bilaterais, uma vez que háinteresses de ambos os lados.“A tendência é de ampliação. Se ovitorioso for o candidato da oposição [Sebastián Piñera], ele é umempresário bem sucedido e capaz de reconhecer o que é importantepara seu país. Se o eleito for o ex-presidente [Eduardo Frei] eleconhece bem o cenário latino-americano e o quanto é fundamental mantere ampliar essas relações”, disse o embaixador.No domingo (17),cerca de 9 milhões de chilenos irão às urnas para escolher entre oscandidatos da oposição, Miguel Sebastián Piñera (Alianza), decentro-direita, e o governista, Eduardo Frei (Concertación), decentro-esquerda. Pelas pesquisas recentes, Piñera tem uma ligeiravantagem sobre Frei. O oposicionista aparece com 50,9% enquanto oex-presidente tem 49,1%. As eleições no Chile serão realizadas de 7h às 16h. A expectativa é que à noite o resultado seja conhecido.Atualmente o paíslatino-americano que mais recebe investimentos do Chile é o Brasil. Em2008, foram investidos cerca de US$ 9 bilhões. Os chilenos compram petróleo, automóveis, ônibus e aparelhoscelulares dos brasileiros. O Brasil investiu aproximadamente US$ 2 bilhões no Chile.Dos chilenos, os brasileiros compram cobre, salmão, frutas e vinho.Asrelações políticas e econômicas entre os dois países datam doséculo 19, dos tempos de Dom Pedro II. O Brasil é o principal parceiroeconômico do Chile na América Latina e exerce o papel fundamental deinterlocutor com os argentinos e peruanos, uma vez que os chilenos têmdivergências históricas com esses dois vizinhos.