Em discurso no Maranhão, Lula pede um minuto de silêncio por vítimas do terremoto

15/01/2010 - 15h42

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente LuizInácio Lula da Silva pediu hoje (15), ao discursar no municípiomaranhense de Bacabeira, um minuto de silêncio em homenagem aosbrasileiros e às demais vítimas do terremoto de terça-feira (12)em Porto Príncipe, capital haitiana. Lula pediu também uma salva depalmas para os sobreviventes da tragédia. Ele disse que àsvezes se pergunta se é justo um terremoto acontecer justamente noHaiti, um dos países mais pobres do mundo, onde o Estado ainda nãoestá bem organizado. “Foi o primeiro Estado da América Latina e o primeiro Estado negroa conquistar a independência. Mas eles nunca tiveram chance na vida– um tempo os ingleses invadiram, um tempo, os franceses, osamericanos. Teve um golpe de Estado, corrupção. Agora que o Haiticomeça ter mais facilidade de entrar numa situação detranquilidade, acontece a desgraça que aconteceu”, lamentou.Opresidente lembrou que o Haiti não tem estrutura para reagir àcatástrofe, como máquinas pesadas para remover os escombros elocalizar possíveis sobreviventes. Ele citou a ajuda enviada peloBrasil aos haitianos, como alimentos, água e remédios, além dehomens para ajudar nas buscas de vítimas e de sobreviventes, edestacou a dificuldade de trabalhar na situação de destruição emque se encontra o país. Referindo-se aos soldadosbrasileiros que integravam a força de paz das Nações Unidas noHaiti e morreram no terremoto, Lula disse que os “14 heróisestavam lá em nome da nossa pátria” ajudando o povo haitiano. Opresidente falou também sobre a médica Zilda Arns, que estava emPorto Príncipe em missão da Pastoral da Criança e também morreudurante o tremor de terra. Do  Maranhão, Lula segue paraCuritiba, para participar do velório de Zilda, fundadora ecoordenadora da Pastoral da Criança.Lula participou emBacabeira do lançamento da pedra fundamental e do início das obrasda refinaria Premium I, que será construída pela Petrobras. Após aconclusão da primeira etapa, em 2013, serão refinados 300 milbarris de petróleo por dia. Com a conclusão da obra, em 2015, acapacidade de refino passará para 600 mil barris por dia. NaPremium I será refinado o equivalente a um terço de todo o petróleonacional atualmente produzido pela Petrobras. A mão de obranecessária à implementação da refinaria será qualificada pormeio do iniciativas como o Programa de Mobilização da IndústriaNacional do Petróleo e Gás Natural (Prominp), do governo federal. Oprograma pretende capacitar 22,7 mil pessoas até 2013.