No litoral paulista, cresce número de casos que indicam surto de diarréia

13/01/2010 - 15h39

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Daqui a 15 dias, a prefeitura de Guarujá, no litoral paulista, devereceber os resultados de amostras de casos de diarréia verificados nacidade. As amostras foram enviadas ao Instituto Adolfo Lutz na última sexta-feira.Desde o início do ano, 700 pessoas com sintomas foramatendidas nas unidades de pronto-socorro do município. Segundo a prefeitura, oaumento expressivo dos turistas na temporada de verão triplica apopulação da cidade, o que eleva o número de casos dediarréia e outras doenças infectocontagiosas típicas do período decalor intenso. “ Para diminuir os episódios de diarréia, umaação importante é o investimento no saneamento básico. Nesse sentido, aprefeitura de Guarujá e o governo do estado levaram, em dezembro,água potável para cerca de 2.500 famílias do bairro Morrinhos”,informou o secretário municipal de Saúde do Guarujá, Marco AntonioBarbosa dos Reis, por meio de nota. Outra medida foi a intensificaçãoda fiscalização nos quiosques, carrinhos de lanches e ambulantes daorla da praia. A cidade de Ubatuba, que fica no litoral nortepaulista, registrou 300 casos desde o último dia 3. Os sintomas são dores no estômago,vômito, indisposição geral, e diarréia em alguns casos. Segundo osuperintendente de Saúde da cidade, Neilton Nogueira, o sistema desaúde local vem percebendo um aumento dos casos, típico para esta épocado ano, e desde o último final de semana tem notado que o aumento estáalém do comum. “Acreditamos que isso está sendo uma virose transmitidapelo ar, devido à forma como está se apresentado e sendorápido esse processo de transmissão”, afirmou.Nogueira afirmou que ospostos de saúde têm atendido diariamente uma média de 50 pessoas com ossintomas em todo o município. “Continuamos monitorando se as pessoascomeram algo, se há relatos de problema com a água.” Ele disse que, desde ontem, as unidades de pronto-socorro estão coletando amostras para enviar ao Instituto Adolfo Lutz e verificar qual a causa do surto nacidade. Ainda não há prazo para o resultado dos exames, masNogueira disse que a possibilidade é a de que a causa do surto seja orotavírus, mais comum em crianças no inverno, mas tem se mostradopresente no verão também. “O rotavírus causa esses sintomas. A principal forma de transmissão érespiratória. Se for isso mesmo não há muito o que fazer a não ser aconscientização das pessoas e reforçar a higienização das mãos, ter cuidado com o que come e com a água que se bebe.”