Danilo Macedo e Renata Giraldi
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - O governo brasileiromantém o apoio e a confiança no presidente do Haiti, René Préval.O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse hoje (13)que, apesar da instabilidade no país caribenho, o Brasil confia noavanço democrático e também na melhoria das circunstâncias. Porém, o chanceler admitiu que o Haiti merece “atenção especial”em decorrência da fragilidade de suas instituições e de suaprópria história. “Não creio que vai voltar à situaçãoanterior. Qualquer situação dessas requer uma atenção especial.Nossa avaliação é de que as coisas estavam melhorando e a intençãoé continuar apoiando o presidente Préval”, disse Amorim, ementrevista coletiva.O Haiti tem pouco mais de 8 milhões dehabitantes e é o país mais pobre do Hemisfério Sul. Pelo menos 80%da população vive abaixo da linha da pobreza. Desde 2004, forçasde paz da Organização das Nações Unidas (ONU) atuam no país.O Brasil foi o responsável pela organização dasforças de paz no Haiti. Atualmente, dos 1.310 brasileiros que estãolá, 1.266 são militares. O objetivo é colaborar na reconstruçãofísica e institucional do país, com apoio nas áreas de segurança,de engenharia e de saúde.A ocorrência de terremotos éfrequente no Haiti. O terremoto de ontem (12), com 7.3 de magnitudena escala Richter, atingiu o país a aproximadamente 22 quilômetrosda capital, Porto Príncipe. Houve vários outros tremores commagnitude em torno de 5.9 graus.Boa parte das construçõesdo país foi destruída e algumas estimativas indicam que até 3milhões de pessoas podem ter sido atingidas. As estradas e oaeroporto da capital haitiana também sofreram abalos, o que podedificultar a chegada de ajuda às vítimas do terremoto.