Governo vai criar Enem em espanhol para ingresso de alunos em universidade

12/01/2010 - 16h52

Renata Giraldi e Ivan Richard
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - Os alunos latino-americanos, exceto brasileiros, que quiseremingressar na Universidade Federal da Integração Latino-Americana(Unila), criada hoje (12), terãode enfrentar um Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em espanhol. Oministro da Educação, Fernando Haddad, disse que o Enem em espanhol seráelaborado nos moldes do exame brasileiro. A universidade com sede emFoz do Iguaçu (PR) estará concluída em agosto.  Aideia é que a universidade funcione como uma espécie de centro depesquisas latino-americanas em várias áreas – de humanas às ciências.Haddad afirmou que a seleção, no caso dos brasileiros, será feita pormeio do aproveitamento do resultado do Enem nacional. “Queremos formarprofissionais de forma integrada na América Latina”, disse o ministro. A universidade teráespaço para cerca de 10 mil estudantes em cursos que vão do direito,relações internacionais, música, letras, economia à antropologia ebioenergia. De acordo com o ministro, 500 professores serão contratadosvia concurso público e outros vão ser convidados.O campus dauniversidade vai ser instalado na aérea da Hidrelétrica de Itaipu e oprojeto arquitetônico é da equipe de Oscar Niemeyer. Segundo Haddad,não há problema de espaço nem dificuldades para execução das obras.“Será um projeto arrojado”, afirmou ele.Na Unila, os alunos terãoaulas em português e espanhol, além do acesso a cursos depós-graduação. Na cerimônia, Haddad disse que a criação da instituição representa a construção da 13ª universidade federal pelo atual governo.O ministro adiantou quemais uma universidade será criada até o final deste ano: aUniversidade Federal de Integração Luso AfroBrasileira, cuja sede seráem Redenção (CE). O objetivo é que parte das vagas se destine abrasileiros e outra, a africanos. A ideia é colaborar com o estímulo deestudos para o desenvolvimento do continente africano.