Riomar Trindade
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Os indicadores conjunturais da indústriabrasileira de novembro do ano passado revelam avanço do emprego(1,1%) pelo quinto mês consecutivo, acumulando no período ganho de2,7%. Os dados constam da Pesquisa Industrial de Emprego e Saláriodo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgadahoje (12) no Rio de Janeiro.Segundo técnicos do IBGE, com esses resultados, a média móveltrimestral avançou 0,7% em novembro, a quarta taxa positivaconsecutiva, e acelerou o ritmo de crescimento frente aos últimosmeses: 0,2% em agosto, 0,3% em setembro e 0,4% em outubro.Entretanto, quando comparados com idênticos períodos de 2008, osíndices mantiveram-se negativos: -4,1% frente a novembro do anopassado, -5,5% no acumulado do ano e -5,2% em relação aos últimos12 meses. O indicador manteve a trajetória descendente iniciada emagosto de 2008 (3,0%).No confronto direto novembro de 2009/novembro de 2008, o empregoindustrial registrou a décima segunda taxa negativa consecutiva(-4,1%), com redução do pessoal ocupado em 13 das 14 áreasinvestigadas e em 16 dos 18 segmentos industriais. São Paulo (-3,0%)exerceu o maior impacto negativo na taxa global, seguido por MinasGerais (-9,1%), região Norte e Centro-Oeste (-6,5%) e Paraná(-5,5%).O detalhamento dosdados da pesquisa do IBGE mostra que no estado de São Paulo asmaiores influências negativas vieram de meios de transporte (quedade 13,6%), máquinas e equipamentos (-9,3%) e produtos de metal(-11,3%). Em Minas Gerais, com recuo de 28,3%, o setor de vestuáriofoi responsável pelo maior impacto negativo, com alimentos e bebidas(-7,1%) e metalurgia básica (-13,1%) a seguir.Nas regiões Norte eCentro-Oeste, as maiores perdas foram em madeira (-29,6%) e máquinase aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-18,4%). NoParaná, outros produtos da indústria de transformação (-19,7%) emadeira (-17,1%) exerceram as principais pressões negativas.A taxa do empregoindustrial acumulada no ano também foi negativa em 5,5%. Houverecuos nos 14 locais investigados, com destaque para São Paulo,Minas Gerais, regiões Norte e Centro-Oeste e Rio Grande do Sul.Setorialmente, ainda neste tipo de índice, o emprego industrial caiuem 17 dos 18 setores pesquisados, com papel e celulose sendo o únicosegmento com taxa positiva.Em relação ao mêsanterior, a evolução positiva dos índices do emprego industrial edo número de horas pagas nos últimos meses reflete o maiordinamismo da atividade produtiva. Contudo, nas comparações comiguais períodos do ano anterior, os resultados permaneceramnegativos, embora com redução no ritmo de queda frente aos mesesanteriores.Em novembro de 2009, osetor industrial ampliou em 0,9% o número de horas pagas, nacomparação com o mês anterior, completando seis expansõesconsecutivas e acumulando nesse período crescimento de 3,3%. Comesses resultados, a média móvel trimestral avançou 0,8% emnovembro, confirmando a trajetória ascendente iniciada em agostoúltimo.