Ministério das Cidades vai apoiar reconstrução e reforma de casas em Angra dos Reis

04/01/2010 - 17h12

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Ministério dasCidades vai apoiar a reconstrução ou reforma das casas atingidaspelos deslizamentos de terras ocorridos no final do ano passado no município de Angra dos Reis, na Costa Verdefluminense, disse hoje (4) o ministroMárcio Fortes.“Teremos que agirpara disponibilizar casas para aqueles que perderam. Temos que ver aquestão da reforma das casas, quando for o caso, se não tivermosque fazer a remoção, como ocorreu em Santa Catarina”, afirmouFortes. Em Angra, uma das áreas mais atingidas por deslizamentos de terra foi a Ilha Grande.O ministério começaráa atuar depois que forem concluídos os trabalhos de busca e resgatede vítimas pela Defesa Civil, informou Fortes. Segundo ele, o órgãoaguarda a definição do número de habitações que terão de serreformadas ou reconstruídas para que haja uma ideia do montantefinanceiro que será necessário.“Primeiro entra aDefesa Civil, com o Exército, a Marinha e a Aeronáutica. Depois,entra a Saúde. Entramos em um segundo momento, quando houverestabilização da encosta, para verificar se é conveniente manter[as pessoas] no mesmo local ou fazer a remoção e construirem outras áreas. É preciso saber onde há terras disponíveis e quantas casas terão de ser reconstruídas”.O ministro disse quevários programas poderão ser usadas na reconstrução ou realocaçãodas casas prejudicadas pelas fortes chuvas que causaram, até agora,50 mortes em Angra dos Reis e na Ilha Grande. Entre eles, o MinhaCasa, Minha Vida, o Fundo de Habitação de Interesse Social e oCrédito Solidário. “Temos várias alternativas para atender essaspopulações que foram vítimas de catástrofes”.Na Baixada Fluminense,onde várias cidades também foram prejudicadas pelas fortes chuvasna virada do ano, o Ministério das Cidades já tem em andamentovários projetos de micro e macro drenagem, no valor de R$ 1,1bilhão. “Micro e macro drenagem servem para conter as águaspluviais, para conter inundações”.Outros projetos estãovoltados às áreas de saneamento e esgotamento sanitário, envolvendo despoluição dos rios. Fortes destacou também que sãofeitas operações de dragagem para evitar inundações e a poluição.Em todo o Brasil, o ministério apoiou projetos com essa finalidadeem 2009, com recursos que alcançaram R$ 4,5 bilhões. SantaCatarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro foram algunsdos estados beneficiados.O ministro alertou queem Angra, a exemplo do que ocorre em regiões de várzeas, é precisoter cuidado com a geologia para que não se construam casas em áreasde risco. “É preciso fazer um ajuste novo entre a geologia e aclimatologia, porque o clima tem mudado, a intensidade das chuvastem sido acima do normal. O que poderia parecer mais ou menostranquilo para a geologia algum tempo atrás, hoje em dia tem que serrepensado em função da nova realidade climática, que provocaventos e ciclones extra tropicais no Sul e chuvas muito intensas naRegião Sudeste.”