Estupros e violência sexual ainda fazem parte da realidade brasileira, diz especialista

04/01/2010 - 13h01

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A subsecretária de Enfrentamento à Violência daSecretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Aparecida Gonçalves,disse à Agência Brasil que estupros e violência sexual ainda fazem parte da realidadebrasileira – de norte a sul do país. Segundo ela, é fundamental queas vítimas sigam uma espécie de guia de emergência em caso deagressão. “É uma realidade dura e cruel, infelizmente”, disse.Poresse guia, a vítima deve prestar queixa em uma delegacia ou procurar oserviço médico mais próximo. O ideal, segundo a subsecretária, é queseja feito um laudo médico da paciente. Para ela, é fundamental prescrever exames contra doenças sexualmente transmissíveis e aids, além da pílula do dia seguinte, para evitar a gravidez indesejada.AparecidaGonçalves lembrou que é essencial prestar queixa contra oagressor para evitar a impunidade. De acordo com ela, a vítima deve ter um acompanhamento psicológico porque há um “trauma muito grande” causado pela agressão sexual.    Segundodados do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas para a AméricaLatina,  33% das mulheres entre 16 e 49 anos de idade sofrem algum tipode abuso sexual. Para a ONU, a violência contra a mulherpode ocorrer de várias formas, como agressão física, ameaça, insultos,danos a bens pessoais e a forma considerada mais grave, o estupro.