Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Sindicato dasFinanceiras do Estado do Rio de Janeiro (Secif-RJ) acredita que 2010poderá comportar novas reduções da taxa Selic, embora a ata dareunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BancoCentral, divulgada hoje (17), afirme que o atual patamar de taxabásica de juros (8,75% ao ano) “é consistente com um cenárioinflacionário benigno”. A ata do Copom não descarta, contudo, apossibilidade de novos aumentos de juros, caso isso seja necessáriopara controlar a inflação.O presidente doSecif-RJ, José Arthur Assunção, disse à Agência Brasilque o posicionamento do Copom é lógico, tendo em vista que o Brasilestá se recuperando e a indústria ainda apresenta ociosidade. Eleacredita, porém, que há espaço para que se baixem os juros. “Vejoessa possibilidade. Se a inflação não aumentar e houver entradade muitos dólares, muitos investimentos, em função do juro alto,podem dar uma janela para o Banco Central reajustar para baixo essataxa”.Ele assinalou que aqueda da Selic, entretanto, não deverá ser muito significativa.“Cai pouco. Para 8,25% ou 8%”. Assunção afirmou que a reduçãovai depender do cenário econômico que será visto no país nopróximo ano.Segundo o presidente doSecif-RJ, o Brasil está passando muito bem pela crise financeirainternacional, comparativamente a outros países, graças às medidasmonetárias e fiscais implementadas pelo governo.Na sua avaliação, ataxa de juros praticada no Brasil continua sendo uma das maiselevadas do mundo. No entanto, observou, que o Brasil tem umaestrutura diferenciada dos demais países, com um passado de inflaçãoalta, que chegou a atingir índice de 2.709% em 1993.