Da Agência Brasil
Brasília - Oabrigo do governo brasileiro ao presidente deposto de Honduras,Manuel Zelaya, na Embaixada do Brasil, em Tegucigalpa, nãopode ser considerado uma intervenção no processopolítico hondurenho, mas um exemplo de apoio àdemocracia. Para o ministro-chefe da Secretaria de AssuntosEstratégicos, Samuel Pinheiro Guimarães, o clima derepressão aos oposicionistas durante o processo eleitoral nopaís, no fim de novembro, também pode colocar em xequea legitimidade do resultado.O ministro é oentrevistado do programa 3 a 1, da TV Brasil, que irá ao arhoje (16), às 23h. Ele foi entrevistado pelos jornalistasconvidados Tales Faria, do Portal iG, e Sergio Leo, do Jornal ValorEconômico, e pelo apresentador Luiz Carlos Azedo.Segundo Pinheiro Guimarães, o Brasilmantém o apoio a Zelaya, apesar do reconhecimento por parte de alguns países,como os Estados Unidos, do governo eleito em Honduras. “Nósnão estamos aqui para dizer aos outros Estados quais governosdevem reconhecer”, afirmou.Perguntado sobre as diferençasentre as eleições ocorridas no Irã, em junho, eem Honduras, o ministro ressaltou a proximidade do Brasil com o paíslatino-americano e as possíveis consequências nocontinente do resultado do pleito, razão pela qual se sente àvontade para questionar o processo.“O Brasil deu umademonstração firme de defesa dos princípios dedemocracia [ao abrigar Zelaya]. Quem não está dando umademonstração firme de apoio à democracia temsido aqueles [países] que muitas vezes têm advogado com grandeênfase à necessidade de democracia na AméricaLatina e, nesse caso, não estão dando”, afirmou oministro, sem especificar quais seriam esses países.