Pesquisa mostra que crise econômica não afetou maioria das indústrias do Rio

15/12/2009 - 16h56

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Pesquisa da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), divulgada hoje (15), mostrou que 43% das indústrias fluminenses não tiveram seu faturamento afetado pela crise financeira internacional neste ano. As empresas esperam encerrar o ano de 2009 com vendas superioresàs do ano passado, enquanto 34,1% prevêem estabilidade e apenas 22,9%esperam redução. Intitulada Perspectivas da Indústria para 2010, a pesquisa foi realizada com 225 indústriasda transformação, exceto a de petróleo e gás. As pequenas e médiasempresas totalizam 92,4% da amostra.Quatro em cada dez empresas apresentaram ritmo de produção maior do que no quartotrimestre do ano passado - período mais crítico da crise. E  64,9% dasindústrias do Rio já recuperaram o nível de produção anterior à criseou operam em patamar superior. A diretora de Desenvolvimento Econômicoda Firjan, Luciana Marques de Sá, disse que os setores mais dependentesdo consumo interno estão tendo um desempenho melhor. De acordocom a pesquisa, 71,8% das empresas acreditam que osefeitos da crise serão superados já no primeiro semestre de 2010. O universo pesquisado envolve 43.336 trabalhadores. Omercado de trabalho também resistiu à crise no setor industrial fluminense,70% das empresas mantiveram ou mesmo ampliaram o quadro defuncionários. A análise da geração de emprego mostra que 68,8% dasvagas foram abertas na área de produção. Cerca de 56,2% dasempresas pretendem iniciar 2010 com ritmo de produção maiorque o do primeiro trimestre de 2009 e 42,1% dos empresários prevêemexpandir o  número de trabalhadores.A pesquisa revela, também, que 95,1% dos entrevistados estão confiantesou muito confiantes na evolução da economia brasileira no próximo ano.A maioria das indústrias (60,4%) planeja fazerinvestimentos no ano que vem, sendo que 68,4% desses investimentosserão efetuados na área produtiva.“2010vai ser um ano de forte crescimento e desempenho da economia. Ootimismo se reflete em todos os setores da indústria fluminense”, avaliou Luciana.