Manifestantes e Polícia Legislativa do DF têm novo desentendimento

15/12/2009 - 17h52

Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Dois manifestantesque acompanhavam, da galeria, a sessão da Câmara Legislativa doDistrito Federal alegam terem sido retirados da Casa, com violência,pela Polícia Legislativa. Apontando para marcasque afirmam terem sido causadas pelas agressões, os estudantes DiogoRamalho e Paulo Henrique Lima dizem que deixaram a galeria paraverificar por que a Polícia Legislativa estaria impedindo o acesso depopulares apesar de o local estar praticamente vazio. “Fui enforcado porquevim aqui fora pedir para uma pessoa entrar. Disseram que a Casa estavacheia e então os seguranças me enforcaram”, afirmou Diogo, apontando umvideodocumentarista que teria filmado a cena. “Mais da metade do espaçoda galeria está desocupado e nós não podemos entrar na casa do povo?Que medo é este?”, questionou o estudante. Segundo o coordenadorda Polícia Legislativa, Mário André Machado, Ramalho e Lima não foramexpulsos da Câmara, mas sim impedidos de retornar após tentarem forçara entrada de pessoas vestidas indevidamente e sem se identificar. Deacordo com o coordenador, juntos com os manifestantes que seencontravam do lado de fora, os dois estudantes passaram a agredirverbalmente os agentes. “Como já haviam feitoanteriormente, eles quiseram forçar a entrada de pessoas vestindobermudas e sem identificação, agredindo servidores e destruindopatrimônio público. Isso não é permitido em nenhum lugar civilizado domundo. Eu acho que está na hora destes meninos receberem uma lição decidadania e de civilidade. Protestar é valido, eu quando jovem jáprotestei muito, mas isso deve ser feito dentro das normas legais”,afirmou o policial.Os manifestantes querem a renúncia do governador José Roberto Arruda (sem partido) suspeito de comandar um esquema de distribuição de propina para deputados da base aliada. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) entrou com um pedido de impeachment do governador.