Deputado critica ausência de colegas em sessão da Câmara Legislativa do DF

03/12/2009 - 19h09

Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O deputadodistrital José Reguffe (PDT) classificou como inaceitável ajustificativa dada pela maioria dos parlamentares da CâmaraLegislativa do Distrito Federal para faltar à sessão de hoje (3).Dos 24 distritais, 19 não apareceram na Casa nesta quinta-feira, soba alegação de que não havia segurança para trabalhar por causados protestos promovidos desde ontem (2) por representantes demovimentos sociais, que invadiram o plenário para cobrar oimpeachment do governador José Roberto Arruda e de seu vice,Paulo Octávio (ambos do DEM).De acordocom o presidente interino da Casa, Cabo Patrício (PT), os deputados- a maioria da base governista – alegaram que não se sentemseguros para voltar à Câmara em razão dos protestos. Os cincodeputado que compareceram à sessão desta tarde são da bancada deoposição a Arruda - acusado de comandar um suposto esquema depagamento regular de propina para parlamentares da CâmaraLegislativa, em troca de apoio político.Os oitodeputados distritais apontados como envolvidos no suposto esquema depagamento de propina integram a base aliada ao governo. Entre eles,Eurides Brito (PDMB), líder do governo, Rogério Ulysses (PSB),Leonardo Prudente (DEM), presidente afastado da Casa, e Pedro do Ovo(PRP). Nesta semana, por decisão da direção do PSB, Rogério Ulysses deixou a base governista.Reguffe,que é da oposição, evitou dizer que a ausência dos distritais erauma manobra dos governistas para não iniciar as investigaçõessobre as denúncias de corrupção no DF. No entanto, condenou aatitude de seus colegas. “Essa desculpa [de falta de segurança]é inaceitável. A obrigação de um parlamentar é estar noplenário. Não ter quorum hoje, neste momento, é gravíssimo, éuma vergonha”, afirmou.Com asfaltas, a escolha de um novo corregedor para a Casa ficou paraterça-feira (8). O atual, Junior Brunelli (PSC), também é acusadode envolvimento no suposto esquema de pagamento de propina e pediuafastamento do cargo. De acordo com assessores, Brunelli está delicença médica até 15 de dezembro por causa de uma crise dehipertensão. Ele aparece em um vídeo recebendo dinheiro do autordas denúncias, o ex-secretário de Relações Institucionais do DFDurval Barbosa.Com aausência da maioria dos deputados, os manifestantes voltaram aolocal. Eles tinham acertado com os distritais deixar o local para quea sessão fosse realizada. Agora, prometem ficar no plenário duranteo final de semana e dizem que só vão se retirar se o governadorrenunciar.