Da Agência Brasil
Brasília - A obesidade causada pelo sedentarismo e pela má alimentação deixaas pessoas suscetíveis ao câncer. O ganho excessivo de peso, que hoje é epidemia nospaíses de primeiro mundo, principalmente os Estados Unidos, está avançando noBrasil a uma velocidade alarmante, segundo o diretor do Centro de Oncologia de Campinas, Fernando da Cunha.“O obeso tem uma maior chance de desenvolver o câncer demama, principalmente as mulheres depois da menopausa. Na mulher obesa, há ainda afrequência do câncer do colo do útero. Outrostipos de câncer, como o do pâncreas e do esôfago também estão ligados ao peso”, disse hoje(27), em entrevista ao programa Revista Brasil da Rádio Nacional.O oncologista ressaltou ainda que a bebida associada ao fumosão os principais responsáveis pelo aumento nos índices dos chamados tumores decabeça, que são os cânceres de difícil controle, e que atacam a língua, boca,laringe, faringe e esôfago. Para o ele, os cigarros de baixo teor de nicotina sãoos piores.“Não existe cigarro inofensivo. O cigarro chamado de baixoteor é pior. Acreditamos que o malefício do fumo está no alcatrão, nas maisde duas mil substâncias cancerígenas que ele tem. A nicotina é uma substância quefaz com que a pessoa se torne viciada. Então os cigarros de baixoteor faz com que o indivíduo acabe fumando mais em número, e mais alcatrão eleingere”, explicou.Segundo o médico, o Brasil tem apresentado avanços naárea de diagnósticos, técnicas de cirúrgicas e descoberta de novosmedicamentos, que estão atuando diretamente contra a doença, têm garantido umamelhor qualidade de vida dos pacientes, mas que falta ainda uma evolução naárea preventiva.