Exposição à fumaça do cigarro é maior em casa do que no trabalho ou em bares e restaurantes

27/11/2009 - 10h14

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - As pessoas estão maisexpostas à fumaça do cigarro em casa do que no trabalho ou em bares e restaurantes, segundo constatou pesquisa inédita divulgada hoje (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografiae Estatística (IBGE). De acordo com a Pesquisa Especial do Tabagismo, o ambiente doméstico foi apontado por 27,9% dosentrevistados como o local com maior exposição aofumo. Em segundo lugar ficou o ambiente de trabalho, com 24,4% e em terceiro, os bares e restaurantes - ondeleis mais duras proíbem o fumo –  com9,9%.Desde a última semana, o Rio proíbe o fumo em locais fechados de usocoletivo e privados. A medida é questionada pelo Sindicato de Hotéis,Bares e Restaurantes (SindRio) que defende o “direito de diversão docliente”, garantindo espaços para fumantes e não fumantes.“Ocombate ao fumo é um processo que não se resolve em uma campanha decerceamento da opção de um adulto no seu direito de diversão”, avaliouo presidente, Alexandre Sampaio. “O governo precisa adotar medidas deeducação”, completou. Para ele, a pesquisa “traz uma luz”, ao mostrarque a exposição ao fumo se dá mais em casa do que na rua.A pesquisa do IBGEmostra também que é nos bares e restaurantes que 53% dosfumantes compram cigarros. Os supermercados, mercadinhos oumercearia são preferidos por 21,7% e as padarias ou lanchonetes, por14,8%.Nesses locais, aspessoas que consomem o tabaco costumam gastar cerca de R$ 78 mensaiscom cigarros. No Norte e Nordeste do país, o gasto é menor (R$59,97 e R$ 59,14, respectivamente). Na Região Sul, os fumantesinvestem até R$ 99, por mês no produto.