Copa do Mundo e Olimpíadas devem impulsionar mercado de equipamentos de construção

14/11/2009 - 13h28

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O mercado brasileiro de equipamentos de construção, que experimentou este ano retração de 24% nas vendas devido à crise financeira internacional, deverá se recuperar em 2010, mostrando expansão entre 24% e 25%. De acordo com dados da Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção (Sobratema), no ano passado, o setor bateu recorde ao registrar alta de 46%. Em 2007, foram vendidas 34 mil máquinas. Este ano, o número se aproxima de 40 mil.

Para isso, deverão contribuir eventos como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, além do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal e a exploração do petróleo na camada pré-sal.

O vice-presidente Sobratema, João Daniel, disse à Agência Brasil que a perspectiva é extremamente positiva. Segundo ele, a Olimpíada e a Copa são como a cereja para o bolo.

"Esses são projetos que têm data para serem inaugurados. Ou seja, saiu do discurso político e entrou agora a necessidade de ser feito. E esse processo arrasta junto com ele uma série de necessidades de infraestrutura.”

Estudo feito pela Sobratema sobre o mercado nacional de equipamentos de construção mostra que enquanto o mercado mundial registrou, nos últimos dois anos, queda de 46% na venda de equipamentos da linha amarela, que envolve construção e mineração, como escavadeiras hidráulicas, pás carregadeiras e tratores de esteira, o Brasil cresceu 10%.  

João Daniel considerou, porém, que para o tamanho das necessidades do país, o mercado brasileiro ainda é pequeno. Hoje, a média de venda de máquinas no mundo alcança 700 mil unidades. O Brasil participa com 50 mil máquinas na área da construção civil. “Nosso mercado ainda é muito pequeno.”

A frota nacional de máquinas soma atualmente 80 mil equipamentos, dos quais 50% têm até quatro anos de durabilidade, o que mostra que houve uma evolução significativa nos últimos três anos. A frota era de 60 mil equipamentos, com 20 mil máquinas até quatro anos.

A expectativa para 2014 é que sejam vendidos no Brasil 82 mil  equipamentos de construção. “Você  consegue enxergar nos números como é essa perspectiva? Hoje, a nossa frota  de dez anos são 80 mil máquinas. Nós estamos falando que em 2014 há espaço para vender 82 mil unidades em um ano”, ressaltou João Daniel.

Ainda de acordo com dados da Sobratema, em 2004 o Brasil ocupava 1% da participação de demanda mundial para equipamentos de construção. Em 2013, a meta é elevar esse número para 3,5%.