Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Deputadosda Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputadosirão ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) pedirceleridade no trâmite do processo que trata da morte de três fiscais do trabalho em Unaí (MG). Os fiscais foramassassinados, em 2004, quando vistoriavam fazendas na região.Cinco dos acusados estão presos.Ovice-presidente da comissão, deputado Geraldo Thadeu (PPS-MG),disse hoje (29) que um grupo de deputados da comissão vaifazer, na quarta-feira (4), uma visita ao relator do processo no STJpara pedir maior agilidade no julgamento do processo.“Épena que o judiciário neste caso seja tão moroso. Épena que para tomar a decisão sobre recursos demore tantotempo”, disse. “[O julgamento] tinha de ser feito emvelocidade condizente com o caso”, afirmou.Aprocuradora do Ministério Público Federal de MinasGerais, responsável pelo processo, Miriam do RosárioMoreira Lima informou que o principal motivo para a demora nojulgamento são os vários recursos interpostos na Justiça pelos advogados dos acusados.Ela disseainda que faltam alguns recursos a serem julgados no Supremo TribunalFederal, no STJ e no Tribunal Regional de Minas Gerais. Depois disso,os réus devem ser julgados.“Aprimeira fase [do processo] já foi feita. Depois quesão julgados os recursos há necessariamente ojulgamento pelo tribunal do júri e com certeza eles serãocondenados”, afirmou. OAssassinato dos três fiscais ocorreu no dia 28 de janeiro de2004. Os auditores fiscais do trabalho Eratóstenes de AlmeidaGonçalves, João Batista Soares Lage e Nelson Joséda Silva e o motorista Aílton Pereira de Oliveira foram mortosao vistoriar fazendas na região rural de Unaí.No mesmoano, a Justiça Federal em Belo Horizonte decidiu que oito dosnove acusados iriam a júri popular. Apenas AntérioMânica ficou de fora do júri popular por ter sidoreeleito como prefeito de Unaí e por isso terá ojulgamento feito pelo Supremo.