Pastoral da Terra defende ocupação de fazenda de laranja realizada pelo MST

07/10/2009 - 19h50

Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - AComissão Pastoral da Terra (CPT) defendeu, por meio de nota, aação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) nafazenda da  empresa Cutrale, localizada emBorebi (SP), a 300 quilômetros da capital paulista.

“A açãodo MST, por mais radical que possa parecer, escancara aos olhos danação a realidade brasileira. Enquanto milhares defamílias sem terra continuam acampadas Brasil afora, grandesempresas praticam a grilagem e ainda conseguem a cobertura do PoderPúblico”, afirmou a CPT. Osmanifestantes saíram da fazenda pacificamente na manhã dehoje (7), após a chegada da Polícia Militar.

Paraa entidade, a divulgação de imagens em que ossem-terra aparecem destruindo parte da lavoura de laranja faz parte de uma campanha para dar apoio ao pedido de instalaçãode Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) parainvestigar o MST. A senadora Kátia Abreu (DEM-TO) estácolhendo assinaturas de deputados e senadores para a instalaçãoda comissão.

ACutrale ainda está fazendo o levantamento do prejuízocausado destruiçãopela destruição de parte da lavoura e pelo extravio de equipamentos e produtos que se encontravam napropriedade. Segundo o diretor de relaçõestrabalhistas da empresa, Carlos Otero, estásendo priorizada a recolocação das sete famíliasque tiveram as casas destruídas durante a invasão.